sexta-feira, 20 de junho de 2014

RAPADURA – E SEUS RECURSOS ERGOGÊNICOS

RAPADURA – E SEUS RECURSOS ERGOGÊNICOS



A rapadura atualmente ela é produzida em mais de 30 países e a Índia é responsável por 67%  dessa produção; seguida pela Colômbia, que é o maior consumidor mundial (cerca de 32 quilos por habitante/ano). O Brasil encontra-se em sétimo lugar na produção, com 80 mil toneladas por ano e consumo de 1,4 quilos por habitante/ano. No Brasil, a região Nordeste produz 67% da rapadura nacional e o Ceará é o principal  produtor. O Estado de Minas Gerais fica em segundo lugar nesse ranking de produção, correspondendo a 27%. O sistema de produção da rapadura é de baixo custo, sendo vinculado às pequenas propriedades familiares e, muitas vezes, sem interesses comerciais e é algo muito importante por não conter qualquer aditivo químico.
Nutricionalmente, a rapadura é rica em carboidratos como sacarose, frutose e glucose, sendo uma ótima fonte de energia. Possui proteínas, água e minerais como, sódio, flúor e cobre. Além disso, contém pró-vitamina A, vitaminas B1, B2, B5, B6, C, D2, E e PP, que além de repor energias e garantir uma maior disposição fornece bons níveis de vitaminas (como A, C, D, E, vitaminas do complexo B e PP) e importantes minerais, como cálcio (fundamental para a saúde óssea, cardíaca e o bom funcionamento dos sistemas nervoso e muscular), Ferro (componente da hemoglobina, garante o transporte de oxigênio para as células), além de fósforo, potássio, zinco, manganês e magnésio. Todos esses nutrientes são estreitamente envolvidos com o exercício e a saúde geral do nosso organismo.



A rapadura é diferente do açúcar convencional pelo seu valor nutricional, que é mais considerável; contudo, possui valor comercial mais elevado, o período de conservação é menor e é de difícil dissolução e dosagem.

Para 100 g (valores aproximados):

 Energia 
 Ptn
 Lip
 Carb
 Fibra
 Ca
 P
 K
 Mg
 Vit.B1
 Vit.B6
 Vit.C
(kcal)
(mg)
(g)
(g)
(mg)
(mg)
(mg)
(mg)
(mg)
(mg)
(mg)
(mg)
 312
280
-
75
-
70
55
12
80
0,01
0,01
7

Sem contar sua densidade energética: cerca de 100g do produto fornece 132Kcal e quase 80mg de sacarose, o açúcar refinado fornece quase 100mg nessa mesma quantidade de alimento, mas é apenas isso e nada mais. Enquanto a rapadura garante por sua excelente composição, a ativação de varias enzimas importantes no nosso metabolismo e ajudam a repor eletrólitos de grande importância para a contração muscular, por exemplo, que são comumente perdidos no suor e, ainda, mais 280mg de proteína. Um estudo com atletas de pólo aquático, incluía o alimento 20 minutos após o treino e mostrou resultados positivos quanto a recuperação pós-treino. Outros envolvendo musculação, natação, remo e ciclismo também, porém esses incluíam o produto antes e depois do exercício.

            Quanto ao futebol, há um estudo interessante, porém com o caldo de cana, que aponta o efeito ergogênico de sua suplementação (cerca de 0,7g/kg de peso corporal), na reposição dos estoques de glicogênio muscular. Ou seja, considerando essas informações constatamos que a rapadura e o caldo de cana são alimentos de alto índice glicêmico e de alto poder nutricional. O pico de insulina causado por esses alimentos induz a captação de glicose pelas células musculares, o que impede a hipoglicemia (associada a fraqueza e cansaço) induzida pelo exercício, além de favorecer a hidratação dessas células.

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